O vento afaga gentil
por vezes rudemente
os cabelos da terra
àguias gritam suas asas
rasgam a serra.
Uma paisagem tão distante
que se estende até onde
timidamente os pinheiros
conseguem tocar.
um manto azul, negro azul,
nesse tempo
em que a luz nocturna
predomina no ar.
A presença e as chamas
(Que calor emanas sobre mim?)
Esse desassosego de alma
tão faiscante e garrido assim
Secam as entranhas gélidas
nascendo cada lugar
como que encantamento
oiço este lugar,
chamando por mim
pelo vento.
E daqui vejo, com estes olhos
que não conseguem ver tudo
de tanto ver…
Espasmo! Ó quanto mudo,
de tanto me perder!
Como tudo é inteiro
É uno e eu já não sou só
e a pequenez humana desvanece
pois se é livre e não somos somente pó.
maraabreu
… poema profundo, ardente e cheio de encantamento, aliás…como todos os outros…
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A natureza inspira as mentes cansadas, de tanto ver. Foi preciso reaprender a sentir. Obrigada. ♥
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